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Alterações Vocais

Uma das funções que mais utilizamos em nosso cotidiano é a voz. O uso exagerado da voz pode ser prejudicial a nossa saúde.

A voz humana é um fenômeno que existe desde o nascimento, e se apresenta de diversas formas, tais como o choro, grito, riso e sons da fala. É um dos meios de comunicação do indivíduo com o exterior, particularmente com seus semelhantes.

A voz é produzida na laringe (garganta), um tubo que contém as pregas vocais (popular cordas vocais). Ao inspirarmos o ar entra nos pulmões e as pregas vocais se afastam. Ao falar, as pregas vocais se aproximam, o ar sai dos pulmões e, passando pela laringe, produzem uma vibração.

Assim sendo, a voz é o resultado do equilíbrio entre duas forças: a força do ar que sai dos pulmões e a força muscular da laringe. Se houver um desequilíbrio nesse mecanismo, poderá ocorrer uma alteração na voz.

Abaixo você encontra-rá esclarecimentos sobre algumas patologias vocais.

Siga!

 

Nódulos.

Nódulos Vocais são resultantes de fonotraumas mecânicos, ou seja, são causados pelos choques bruscos entre as pregas vocais. Eles se apresentam como uma lesão em ambas as pregas vocais.

Inicialmente os nódulos ou calos vocais, possuem um aspecto avermelhado, tornando de cor branca à medida em o tecido conjuntivo se prolifera, dando a este também um aspecto cônico ou hemisférico.

 

Pólipos.

Os pólipos das pregas vocais são lesões de massa geralmente unilaterais, de configuração exofítica a partir da borda da livre, podendo ser sésseis ou pediculados, de tamanhos e coloração variados.

Os pólipos podem ocorrer em diferentes regiões da prega vocal, mas usualmente em sua metade anterior. São geralmente unilaterais, porém 10% dos casos podem apresentar formações bilaterais assimétricas.

Pólipos são lesões mais freqüentes em adultos do sexo masculino, entre 35 e 45 anos de idade, sendo extremamente em crianças.






Edema De Reinke.

O edema de Reinke é uma lesão difusa na camada superficial da prega vocal, de coloração rosada, caracterizada por acúmulo de fluído, de modo irregular, em alguma região da porção membranosa ou em toda ela.
O edema inicial é translúcido, passando a ser mais consistente e avermelhado com o passar do tempo.

O edema de Reinke ocorre em indivíduos adultos de ambos os sexos, entre 45 e 65 anos de idade que apresenta uma freqüente associação de uso intensivo da voz, abusos vocais variados e tabagismo.







Úlcera de contato.

Úlceras de Contato são escavações bilaterais, como imagem erosiva, algumas vezes unilateral no início do desenvolvimento, que ocorrem na mucosa que cobre o processo vocal das cartilagens aritenóideas chegando a expor sua superfície medial.
Ocorre geralmente em indivíduos adultos, com maior prevalência no sexo masculino.







Granuloma.

Granuloma é uma lesão de aspecto proliferativo, caracterizado por um crescimento benigno do tecido de granulação hipertrófico. Esta lesão tem coloração esbranquiçada, amarelada ou avermelhada, possuindo forma variável, arredondada, bilobada ou multibolada e com rebordo irregular.

O Granuloma situa-se na região posterior da laringe, sobre a ponta do processo da cartilagem aritenóidea a própria articulação cricoaritenóidea. Uni ou bilateral pode apresenta uma imagem de encaixe, entre o granuloma de uma prega e a úlcera da outra, o que é referido como ação martelou bigorna, ou macho-fêmea.

Quando o granuloma é unilateral, estatisticamente o lado de maior prevalência é o esquerdo, por razões ainda não totalmente esclarecidas.
Os granulomas são mais comuns em homens após os 40 anos de idade, mas podem ser encontrados em qualquer idade, pós-intubação inclusive em crianças.

 

Leucoplasias.

As leucoplasias são lesões produzidas pela irritação crônica, continuada e intensa do revestimento mucoso das pregas vocais, principalmente na sua camada mais superficial. São lesões que se apresentam na coloração branca e em diferentes graus de espessamento. São onsideradas lesões pré-malignas e, portanto o seu tratamento e monitorização devem ser cuidados, pois podem evoluir para o câncer de laringe.

Sulco vocal.

O sulco vocal é uma lesão em forma de fenda ou depressão longitudinal na prega vocal que se dispõe paralelamente à sua borda livre. Essa lesão pode se estender ao longo de todo o comprimento da parte membranosa da prega ou estar limitada a uma parte, variando em extensão e profundidade.
Histologicamente, o sulco localiza-se na camada superficial da lâmina própria e apresenta superfície revestida por um epitélio de revestimento normal da mucosa.







Cisto Epidermóide.

O cisto epidemóide é também chamado de cisto profundo, cisto de inclusãoepitelial, ou simplesmente cisto.
O cisto epidemóide corresponde a uma cavidade fechada, localizada profundamente no interior da prega vocal em geral na camada superficial da lâmina própria, geralmente sem aderência ao epitélio e com ou sem aderência ao ligamento vocal.
O cisto pode ser assintomático, levemente sintomático, ou com alteração vocal caracterizada por voz rouca devido à irregularidade dos ciclos glóticos, e grave devido ao aumento de massa na prega vocal. Pode ser uni ou bilateral e, nesta última situação, ou quando é unilateral com reação contralateral, é freqüentemente confundido com nódulos vocais.






Fendas glóticas.

As fendas glóticas são alterações posturais das pregas vocais, que fazem parte das inadaptações miodinâmicas da laringe, mas que também podem ser resultado de uma lesão orgânica . Caracterizadas por um fechamento glótico imperfeito, as fendas podem variar, quanto ao tamanho e configuração, de acordo com a qualidade vocal, freqüência e intensidade da emissão. Na literatura, são descritos vários tipos de fendas glóticas.

Higiene Vocal

Conjunto de itens que colaboram para a manutenção de uma boa qualidade de voz.

Faz parte da higiene vocal compreender o processo de produção da voz, as estruturas envolvidas neste processo, os fatores de risco vocal e hábitos nocivos que influenciam no processo de fonação.

 

Conheça agora os principais fatores de Risco Vocal e Hábitos Nocivos a Voz:

             FUMO

 

  

A fumaça quente do cigarro agride todo o sistema respiratório, que inclui pulmões, pregas vocais e toda a mucosa do trato vocal, causando aumento das secreções, infecções, pigarro, tosse e edema, além de aumentar as chances de tumores de laringe e pulmão.

                                                                                                       ÁLCOOL

As bebidas alcoólicas causam uma leve anestesia na garganta, dificultando a percepção do indivíduo sobre eventuais abusos vocais. O álcool, também, pode irritar os tecidos do trato vocal e assim como o fumo, contribui para o desenvolvimento de tumores de laringe e pulmão.

        POLUIÇÃO 

Substâncias como o monóxido de carbono presentes no ar podem causar alterações cardio-respiratórias. Consequentes doenças nesses sistemas provocam tosse, pigarro, irritação na garganta e alteração da qualidade vocal.

                                                                                           GRITAR

Sempre que possível procure se aproximar da pessoa para conversar. Quando estiver escutando música ou assistindo TV, abaixe o volume. Evite competição sonora.

AR CONDICIONADO

 

Tente evitar!!!

O ar condicionado prejudica a mucosa das pregas vocais, pois o resfriamento é realizado através da redução da umidade do ar com consequente ressecamento do trato vocal, o que leva a pessoa a produzir a voz com maior esforço e tensão.

BALAS E PASTILHAS

Evite chupar balas ou pastilhas fortes quando estiver com a garganta irritada. Isso mascara o sintoma e a pessoa tende a forçar a voz sem perceber.

       


ÁGUA

 

Adote o hábito de beber água, principalmente quando souber que fará uso maior de sua voz.

A água hidrata as pregas vocais.

                                                                                                       A MAÇA

 

Coma uma maçã – ela é adstringente, ou seja, limpa o trato vocal e sua mastigação exercita a musculatura responsável pela articulação das palavras.

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 

 

Mantenha uma alimentação saudável e regular.

     Evite alimentos gordurosos como o chocolate ou estimulantes como os derivados do leite, principalmente quando for utilizar a voz como instrumento de trabalho, pois estes possuem efeitos negativos sobre a voz, aumentando a secreção no trato vocal.

Quem Somos

O BLOG foi desenvolvido pelos estagiários de saúde ocupacional do 6º período 2° semestre /2010 e pelas supervisoras do curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, constituido de duas áreas: Saúde Vocal e Saúde Auditiva.

Saúde ocupacional é uma área que cuida especificamente da saúde do trabalhador, desde a prevenção de doenças e acidentes até mesmo os problemas provenientes do trabalho, pois seu objetivo é promover o bem estar tanto físico como mental e social do indivíduo no exercício de suas ocupações.
O Fonoaudiólogo realiza exames audiológicos admissionais, periódicos e demissionais, e está inserido em programas de conservação auditiva e controle de ruído.

A finalidade da audiometria ocupacional é avaliar a audição dos trabalhadores expostos ao ruído no trabalho, para detectar possíveis alterações auditivas e a partir daí adotar medidas de engenharia e administrativas, no intuito de evitar o agravamento da audição do trabalhador e suas conseqüências legais para a empresa.

Anatomia da Orelha

A Orelha

Antigamente denominado ouvido ele é  responsável pela audição e pelo equilíbrio.

qA maior parte da orelha fica no osso temporal, que se 

localiza na caixa craniana.

A orelha está dividida em três partes: orelha externa,  orelha média e orelha interna.

Orelha Externa

É formada pelo pavilhão auditivo (antigamente denominado orelha) e pelo canal auditivo externo ou meato auditivo. Todo o pavilhão auditivo (exceto o lobo ou lóbulo) é constituído por tecido cartilaginoso recoberto por pele, tendo como função captar e canalizar os sons para a orelha média.

O canal auditivo externo termina numa delicada membrana – o tímpano.

q

Orelha Média

 

qComeça na membrana timpânica e dentro dela estão três ossículos:

q Martelo,

q Bigorna,

  Estribo.  

q
A orelha média comunica-se também com a faringe, através de um canal denominado tuba auditiva. Esse canal permite que o ar entre no ouvido médio e a pressão do ar fique equilibrada dos dois lados do tímpano.

Orelha Interna

Conhecida também por labirinto, apresenta uma parte anterior, a cóclea ou caracol – relacionada com a audição, e uma parte posterior – relacionada com o equilíbrio e constituída pelo vestíbulo e pelos canais semicirculares.